sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Democracia?


Vendo as notícias do país, me deparei com uma atualidade incômoda: a relação entre a Igreja Católica e o Estado. Que tipo de governo é esse que tem que se deixar intimidar por uma Instituição religiosa?

Não me entendam mal, não pretendo criticar as doutrinas religiosas de nenhuma religião, apenas expressar a relação dela com o governo. Sou católica, sim, assim como quase toda a minha família, mas tento ser o mais consciente e crítica possível com tudo, e não passou despercebido a forma coercitiva que as autoridades religiosas vem tratando o tema no país.

Um país que se regula em função de apenas uma maioria, deixando sua legislação, punição e tratamento a mercê do que determinada igreja pensa, apenas por ser a maioria, não faz muito sentido. Li um artigo muito bom (Leia a matéria clicando aqui)  no site do Yahoo em que o colunista Walter Hupsel expressa bem essa situação e de como ela é uma ofensa a liberdade e a democracia. Se você pertence a uma religião que não a dominante, é obrigado a viver sob os dogmas dela, a sofrer as punições e moralidades impostas por ela?

O ideal de um regime democrático seria a criação de um Estado laico, em que ele não se baseia em doutrina alguma para suas diretrizes, mas é uma ideia utópica aqui em nossa terra.
Vejam bem, sou contra um Estado que tenha qualquer ligação com religião, mesmo eu sendo católica. Se você não é católico provavelmente concordará com o artigo a seguir, e se você for, apenas tente imaginar vivendo em um país que prega na legislação coisas que sua religião não concorda, e a religião que não é a sua fica interferindo e dizendo o que é certo e errado.

O papa recentemente declarou que o uso de preservativos é aceitável em algumas condições, (Leia a matéria clicando aqui)o que ainda que retrógrado, já evidencia um grande passo da Igreja em se atualizar e ver a realidade como é. Mas aqui no Brasil ainda há caminhos a percorrer.