sexta-feira, 28 de agosto de 2009

A nós psicólogos! (Ou quase isso!)

Quantos psicólogos são necessários para trocar uma lâmpada?
(A) Nenhum. A lâmpada irá mudar ela mesma quando estiver pronta..
(B) Só um, mas a lâmpada realmente tem que querer mudar.
(C) Só um, mas isso vai levar nove visitas.
(D) Quantos VOCÊ pensa que são necessários?
(E) Há quanto tempo você tem tido essas fantasias?

Mais duas muito boas:

Uma psicanalista retornou de uma conferência em Aspen, onde todos os psicólogos foram permitidos a esquiar de graça. Seu marido perguntou a ela:
- Como foi? E a psicanalista respondeu:
- Legal, mas eu nunca vi tantos deslizes e atos falhos.
(hãn-hãn, entendeu??? HUAHUAHUA...)

Secretária Eletrônica do Hospital Psiquiátrico
- Se você é obsessivo compulsivo, favor tecle 1 repetidamente.
- Se você é dependente e sem iniciativa, favor peça para alguém teclar 2.
- Se você tem múltipla personalidade, favor teclar 3, 4, 5 e 6.
- Se você é maníaco paranóico, nós sabemos quem é você e o que quer. Então, fique na linha enquanto rastreamos a sua chamada.
- Se você é esquizofrênico, ouça cuidadosamente que as vozes dirão qual número você deve ligar.
- Se você é maníaco depressivo, não importa o número que você teclar. Ninguém vai atender mesmo..."

huahuahuahuahuahua... A minha favorita é a primeira! E você, gostou mais de qual das 3?


Ai que droga, essa vida capitalistacorridadoinferno me impediu de postar ontem! Não tá nada fácil!
Dia 27-08, passa quase batido pela maioria dos próprios felizardos desta data, então me senti na obrigação de homenagear os PSICÓLOGOS! Eu, como estudante no meio do caminho, dou direito de todos os pseudo-psicólogos que ainda lutam, estudam, leem, correm atrás da profissão como eu de comemorarem também!
Um Parabéns a todos os grandes psicólogos que de alguma forma, ajudam a melhorar alguma coisa nesse mundo caótico, seja ensinando, atendendo, pesquisando... Espero um dia me tornar uma boa psicóloga, e fazer o máximo de Bem que puder as pessoas...
Já pensei em desistir, pois meu grande sonho até 2007 era ser jornalista, mas hoje aprendi a amar Psicologia e sou apaixonada por ela! Não é fácil, ainda mais na PUC onde o curso é integral... Mas sinto a cada aula que vale a pena...

E Lembre-se: O Psicólogo...

não adoece, somatiza;
não transa, libera libido;
não estuda, sublima;
não dá vexame, surta;
não esquece, abstrai;
não fofoca, transfere;
não tem idéia, tem insight;
não resolve problemas, fecha gestalt;
não muda de interesse, altera figura-fundo;
não se engana, tem ato falho;
não fala, verbaliza;
não conversa, pontua;
não responde, devolve a pergunta;
não desabafa, tem catarse;
não é indiscreto, é espontâneo;
não dá palpite, oferece alternativa;
não fica triste, sofre angústia;
não acha, intui;
não faz frescura, regride;
não mente, resignifica;
não paquera, estabelece vínculo;
não é gente, é estado de espírito!!!

Observação: no primeiro ano, na abordagem teórica de Psicologia Comportamental, aprendemos a observar e controlar o comportamento a partir de ratos de laboratório, e achei uma animaçãozinha que me lembra muito... gostei (é minha linha teórica favorita!!) então pus no blog! Tá na barra lateral, quem quiser ver por curiosidade, achei muito lindinho... coisa de psicólogo! =)

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Quebra-Cabeça

Por quê é tão difícil para as pessoas perceberem que cada um parte em busca daquilo que melhor preenche o seu vazio no momento? Não suporto cobranças. Eu cobro sim, mas daquele que permito o mesmo em mim. Que falta de sensibilidade muitos humanos possuem de não serem capazes de sentirem reciprocidade nas relações...
Já tive uma alma gêmea. Sim, eu acredito nelas, considerando o fator primordial da inconstância, pois se uma alma se modifica a todo tempo, assim será com sua alma gêmea, buscando sempre aquilo que a completa, o que não tira a veracidade nenhuma das partes... Duas almas fragmentadas como um quebra-cabeça jogado dentro de uma caixa. Peças se misturavam preenchendo os buracos que cada chacoalhão externo deixava, não importando quem era quem... Alguém percebeu a bagunça que aquilo tinha virado, e sensatamente separou cada um de nós em uma caixa diferente. Mas ainda lado a lado.
Quem de nós dois iria sequer sonhar que um dia isso mudaria nossas vidas? Nossa forma de encarar o mundo? Me assustou por muito tempo a situação que uma amizade tão forte naqueles tempos difíceis se tornou depois... Não me encaixo mais na minha alma gêmea. Na verdade, me transformei na sua ex-alma gêmea. Que desesperadora a ideia de que até almas tão conectadas podem ganhar o prefixo 'ex'. A vida nos separou e assim nos moldou como bem entendeu, cada qual de uma forma diferente, e quando, não mais que por um descuido, algumas peças foram trocadas... o não-reconhecimento nos atingiu, resistente, e nenhuma peça mais se encaixava. Só agora percebi isso. Uma alma fragmentada busca complementos igualmente fragmentados, e éramos assim, simples assim... tão fragmentados quanto era possível. Agora, outras peças conseguem se encaixar, e os buracos são cobertos... menos fragmentada, necessito de encaixes mais complexos e firmes, enquanto minha ex-alma gêmea ainda busca por aí pedaços soltos, procurando...
.
Esse texto eu escrevi há dias, no fim de julho, para desabafar, mas não tive oportunidade de postar até agora, e semana passada foi irrevogavelmente constatato que as peças das quais falei nunca mais se encaixarão novamente... Seria doloroso demais criar um novo encaixe a essa altura... Então seguimos nossas estradas, com uma mera lembrança do que um dia foi uma bela e frágil amizade...
.
Desculpem minha ausência gente... Ai, sinto tanta falta de postar e, é claro, de ler os blogs que sigo... estou em dois empregos agora e não está muito fácil de arrumar tempo... Mas tô feliz assim! Fi.nal.men.te vou sair da pindura! =P
Abraços apertados a todos! =)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Loucura...

Uma vez, um alguém muito sábio me contou uma história de um velho morador de rua que era louco. Ele pensava que era o rei, e a rua e o bairro eram o seu reino, e andava com um graveto ordenando tarefas a seus servos imaginários e tendo luxos e poderes imaginários.
Os moradores daquele bairro, comovidos com a 'pobre' situação do velhinho, decidiram que deviam tentar lhe curar, mostrando o que era e o que não era real, e assim começaram sua árdua tarefa de deixá-lo são novamente. Logo no início, nada. Ele, relutante em suas alucinações, os insultava e ia para seu imponente castelo, verdadeiramente feito de papelão, sua fortaleza particular.
Após muita insistência, finalmente o velhinho conseguiram seu objetivo. Ele caiu em si, e curou-se de sua loucura. Uma semana depois, aquele senhor se suicidou sobre sua fortaleza destruída pela sanidade.

É para parar e pensar não?

Por que essa ânsia de supostamente curar os loucos? Será que muitas vezes não eram os loucos que deveriam curar os sãos?
Os ditos sãos, nada mais são do que depósitos sociais, onde lhes é depositado a rodo tudo que diz respeito a moral, o certo, o errado e o proibido. E qualquer um que desafie isso, que seja contra aquilo que você acredita, é um tanto assustador... Você é ensinado a negar tudo aquilo que é contra seus princípios, mas até que ponto devemos nos cegar?
Na realidade as pessoas têm medo do que podem descobrir... Têm medo de descobrirem que a vida pode ser mais feliz com um pouco de loucura... E é mesmo! Qual a graça de viver a vida real? Sem sonhar, divagar, brisar mesmo? Se o homem não fosse capaz de ver além do que está a sua frente, jamais estaríamos aqui agora. Transcenda-se! Permita-se! E você verá como será mais feliz se nem tudo for tão real quanto deve ser...

terça-feira, 14 de julho de 2009

Selinho!

Vou dedicar esse selo para três blogs super legais e parceros do La Patusca, que conheço a pouco tempo, mas eu adoroooo! Não tenho muito tempo para conseguir acompanhar todos os posts, mas sempre que posso, é de lei espiar esses três!

Aqui vai:

Boca de Kabide
http://www.bocadekabide.blogspot.com/

Quer mudar, comece por você!
http://mudeparaserfeliz.blogspot.com/

Não solta a minha mão nunca, tá?!
http://gabizinhacastro.blogspot.com/

Beijoooos*

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Harry Potter e o Enigma do Príncipe




No próximo dia 15, estreia o 6º filme da saga de Harry Potter e eu, como fã assídua, não poderia deixar de falar sobre isso! No total, a história se divide em 7 livros, que contam a história desse bruxinho (que agora não é nada 'inho'), de desde quando descobriu a magia, até sua incansável luta contra o poderoso bruxo do mal, Lord Voldemort. Quem também não conhece a história de Harry Potter? Milhões de pessoas já leram os livros e viram os filmes em todo o mundo, e não é a toa... Eu A.M.O toda a história e todos os personagens! Sou viciada e já li os livros pelo menos 2 vezes cada um e os filmes já os vi várias... Então a estreia do Enigma do Príncipe não poderia nunca passar batido em minha vida e consequentemente em meu blog!
Muito bem escrita e descrita, toda a saga de Harry, e seus melhores amigos Rony e Hermione, cativa pessoas de todas as idades, mas o público majoritário acaba sendo os adolescentes, que acabam se identificando mais com os problemas, dramas e personalidades do protagonista, que começa no primeiro livro completando seus 11 anos, e o último portanto, Harry estaria com 17 anos. Personagens peculiares, criaturas mágicas, feitiços, duelos, mistérios e surpresas, tudo na medida certa, ajudam a rechear as páginas dos livros, os tornando ainda mais irresistíveis!
Particularmente, eu sou fascinada por toda a história! Eu praticamente cresci junto com o Harry, pois comecei a ler os livros quando tinha a mesma idade que ele, e isso cria um tipo de vínculo super forte com os personagens. É inexplicável, coisa que só quem leu os livros sabe como é, se envolver nas histórias, torcer, desejar receber a carta de Hogwarts te convidando para estudar lá, se imaginar em uma aula de Defesa Contra as Artes das Trevas ou jogando Quadribol... é um mundo fantástico, e J.K. Rowling transforma uma simples história de bruxos de modo que nos faz entrar nesse mundo a cada página lida. A palavra magia faz todo o sentido quando se lê Harry Potter, principalmente porque a sensação é quase assim, de mágica.
Quem leu gostou tanto, que até hoje muitos fãs se reúnem para organizar eventos de discussão, reproduzir cenas e comes e bebes da história, vestir o uniforme da sua casa favorita em Hogwarts ou de seu personagem favorito, organizar duelos de feitiços, de conhecimentos 'potterianos', etc... e todo mundo que está perto se envolve! Fui em dois desses eventos, como uma aluna da casa de Corvinal e me diverti pra caramba, enquanto participava de aula de poções, assistia uma imitação engraçada do quadribol, e até comprei uma varinha idêntica a de Harry!
Fã que é fã não perde uma estreia dos filmes para poder também comparar a história nos cinemas e compará-las com o livro, apesar da constante frustração, pois -isso é inevitável- o livro é S.E.M.P.R.E melhor do que o filme, e por isso que amanhã estarei na pre-estreia fornecida pela rede Cinemark aqui no Brasil para conferir mais uma vez a fidelidade do diretor com os aspectos principais da história e se lamentar pela péssima atuação de Michael Gambon, que interpreta um Dumbledore que simplesmente não existe nos livros.
Mas não é para desanimar com o filme, pois eles são também muito bons, diga-se de passagem, e vale com certeza a diversão e os efeitos especiais, além de poder prestigiar as ótimas atuações dos veteranos Helena Bonham Cart(Belatriz), Maggie Smith(McGonnagal), Alan Rickman(Snape), entre outros, e visualizar o crescimento profissional do trio jovem principal. Quem por acaso cair de para-quedas no 6º filme não correrá o risco de ficar perdido, mas recomendo que vejam os filmes anteriores porque o envolvimento fica muito mais legal! Nos faz retornar ao mundo da fantasia que deixamos para trás na infância, e este tipo de viagem não se dispensa! =)

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Queda


É como se nunca houvéssemos nos separado. Espiritualmente, pelo menos. Abismo que já perdurou entre nós, abalando minha segurança, ventando forte sobre minhas estruturas, agora não passa de um suave toque gelado em meu rosto. O desespero me fez pular esse abismo. Tudo ou nada. Caí ininterruptamente até algum lugar desconhecido. Valia a pena, ou deveria valer. Como era alto... será que havia fim? O que seria esse fim? Gritando para ninguém ouvir, me dei conta de que estava sozinha, mas que isso de algum modo era reconfortante pois ninguém presenciaria meu erro. Arrependimento me ocorreu por uma fração de segundo, e percebi que era quase óbvio que um ato desse fosse sentido assim. Mas passou, tão logo quanto meu fôlego acabava e recomeçava cada vez mais forte e cortante sobre o silêncio ensurdecedor. Perdi as forças, aquilo não parecia mais ter fim, e a ausência de tudo, de luz, de som, de movimento esmagava meus sentidos, e senti como se a qualquer momento fosse explodir, tão silenciosamente quanto caí ali... Já não esperava nada, entorpecida por minhas próprias escolhas, até que em meio a escuridão, cheguei ao fundo do abismo, tão desprovido de vida quanto todo o resto. Imóvel, logo perdi totalmente o pouco controle que me restava sobre meu corpo, quando sem aviso, alguma coisa morna inundou meu rosto e todo o resto, me deixando imersa naquele corpo que não mais me pertencia. Todo o ar daquele lugar pareceu insuficiente para meus pulmões, despedaçados, respirando fervorosamente tentando conter espasmos barulhentos que ecoavam paredes acima, para o nada. Minhas mãos trêmulas que inutilmente tentavam enxugar lágrimas de uma fonte sem fim, foram afagadas por mãos frias na escuridão. Congelei. Alguém estava ali, talvez vendo e com certeza ouvindo o meu desmoronamento. Por um momento nada se moveu além das lágrimas pingando sob meu rosto, e sem cerimônia, um abraço quente me envolveu... um abraço intenso e urgente me despertou e totalmente voluntários, meus braços o envolveram de volta, esse estranho não tão estranho, que cheirava tão familiar... O reconhecimento e a incredulidade tomaram conta de mim, quando vi que era você ali, com mãos tão frias quanto eu toda, me abraçando tão forte quanto podia, tentando extrair aquilo de dentro de mim, e então tive certeza que valeu mesmo a pena... Você pulou também, mas o fez depois de mim... não tenho idéia do que na verdade possa ter feito essa sua decisão ser tomada, e admito que isso me consome por dentro, não posso evitar, mas não importa no fim das contas, porque você pulou. Nossos caminhos se cruzaram novamente quando não parecia mais possível, quando incluvise eu deixei de acreditar nisso e apostei tudo o que eu tinha em um vazio que tomou conta... O fundo do abismo que ninguém poderia transformar em qualquer coisa que fosse, você transformou... a ausência de toda a vida em cores, movimento, plural, música e amor, demasiado amor... Amor sentido e não mais doído... e juntos, nos abraçamos por um longo tempo em um lugar que tempo não significa nada, na tentativa desesperada denos fundir um no outro, nos conectar mais do que era fisicamente possível, para não desperdiçar um centímetro sequer, para absorver o outro na sua pele. Aquilo que nos separava antes, agora nos une, com mais intensidade do que nunca, porque você veio comigo, resgatou tudo aquilo que podia e que não parecia 'resgatável', me resgatou! E agora nosso pequeno abismo floresce lindo, colorido e imperfeito, com mais Eu Te Amo´s subentendidos do que ditos, como era antes e como deve ser...

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Incerteza




Sem mais nem menos
Tudo muda
Inevitável e doloroso
E como se nunca tivesse acontecido
Tudo volta ao normal
O timing perfeito
A hora do choro
A hora do sorriso
Nunca chega
-
Esse desleixo me prejudica
Meu olhar é mais que isso
Eu te amos ditos
Abraços apertados
Futilidades passageiras
Curas temporárias
Para nada mais
Que pura preocupação
-
Desleixo que perfura
Noites de sono impotentes
Perante um caos invisível
Tão fácil de achar
Tão fácil de perder
Dois corpos tão perto
Com dois corações tão longe
Toques perfeitos
Dois verdadeiros amantes
Mas a separação chega
A incerteza toma conta
-
Seu deleixo passa batido
Fico invisível
Desapareço parcialmente
Nossos corpos nada mais importam
Você segue sua vida desleixada
E eu cubro minhas feridas despercebidas









~* Agradecimetos ao meu amigão Rodrigo Sioly, que me incentivou a pôr para fora meus sentimentos poeticamente...
Aqui vai um selinho pro blog dele!


http://www.rodrigosioly.blogspot.com/







Beijos a todos!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Maldito seja o Murphy!

Hoje postarei uma coisa mais light, até porque meus neurônios vão ficar um tempo se recuperando de uma semana absolutamente catastrófica... catastrófica não só graças a ele, óbvio, mas com um toque especial!


- 4 trabalhos para entregar, todos valendo nota de prova, nenhum feito. Essa estatística já dá pra se ter uma noção né? Pois é... isso não basta de forma alguma para 'ele'! Computador quebrado, impressora com defeito, sujeitos de pesquisa que dormem cedo, professora filha da puta, despertador que tem vontade própria, tabelas extremamente necessárias que foram explicadas exatamente naquele dia que faltei, laboratório de informática ocupado, namorado com problema de memória, material a quilômetros de distância, bem naquele lugar que você pensa: 'aqui eu não esqueço!', falta de dinheiro pra comer, noite de chuva sem blusa de frio e as 2 alunas que não possuem computador são uma dupla... Isso que é adrenalina no sangue! Uma sucessão de fatos, um pior que o outro... Nem preciso mencionar os cochilos que tive no lugar de uma noite de sono, que só redescobri na noite do último domingo...


Ok, sobrevivi a esse maldito duma figa. Massss... Tudo seria mais fácil sem o Reino Imponente desta Lei que nos rege! Sim, óbvio que me refiro a Lei de Murphy! Todos já se depararam com momentos totalmente auto-explicativos desta lei...
O ser humano precisa de justficativas externas para explicar e confortar seus próprios dramas, medos e erros, do contrário, não haveria utilidade de religiões, mas isso é uma outra história, bem longa por sinal... Mas se todos podem explicar os acontecimentos como fatos externos, quase inevitáveis e inexplicáveis, tirando de si a responsabiliade, então eu também posso e irei fazer isso:
Foi a Lei de Murph
y!!!! Não tenho nada a ver com isso, não fui eu! Eu juro-por-tudo que foi ela!



A Lei de Murphy nasceu a partir do resultado de um teste de tolerância à força g por seres humanos, feito pelo engenheiro aeroespacial norte-americano Edward A. Murphy. Ele deveria apresentar os resultados do teste. Contudo, os sensores que deveriam registrá-lo falharam exatamente na hora! Murphy frustrado, desenvolveu a seguinte Lei:

"Se existe mais de uma maneira de se executar uma tarefa, e alguma dessas maneiras resultar num desastre, certamente será a maneira escolhida por alguém para executá-la."


Inspirada nessa última semana, onde a alma de Murphy praticamente se hospedou no meu quarto e não largou de mim até o final de semana, achei algumas variáveis oriundas da Lei de Murphy, que fazem o maior sentido:


- Se alguma coisa pode dar errado, dará. E mais, dará errado da piormaneira, no pior momento e de modo que cause o maior dano possível.
- Toda partícula
que voa sempre encontra um olho.
- Quando um trab
alho é mal feito, qualquer tentativa de melhorá-lo piora.
- Um atalho é semp
re a distância mais longa entre dois pontos.
- Nada é tão fácil quanto parece, nem tão difícil quanto a explicação do manual.
- Tudo leva mais tempo do que todo o tempo que você tem disponível.
- Se você perceber que uma coisa pode dar errada de 4 maneiras e conseguirdriblá-las, uma quinta surgirá do nada.

- Seja qual for o resultado, haverá sempre alguém para:
a) interpretá-lo mal
.
b) falsificá-lo.
c) dizer que já o tinha previsto emseu último relatório.
- Acontecimentos infelizes sempre ocorrem em série.
- Se você tem alguma coisa há muito tempo, pode jogar fora. Se você jogarfora alguma coisa que tem há muito tempo, vai precisar dela logo, logo.
- Você sempre e
ncontra aquilo que não está procurando.
- Quando te ligam:

a) se você tem caneta, não tem papel.
b) se tem papel não tem caneta.
c) se tem ambos ning
uém liga.
- Entre dois acontecimentos prováveis, sempre acontece um improvável.
- Quase tudo é mais fácil de enfiar do que de tirar.
- Qualquer esforço para se agarrar um objeto em queda provocará mais destruição do que se deixássemos o objeto
cair naturalmente.
- Nenhum patrão mantém um empregado que está certo o tempo todo.
- Toda solução cria n
ovos problemas.
- Você nunca vai pegar engarrafamento ou sinal fec
hado se saiu cedo demais para algum lugar.
- Os assuntos mais simples são aqueles dos quais você não entende nada.
- Se você é capaz de distinguir entre o bom e o mal conselho, então vocênão precisa de conselho.
- O trabalho mais chato é também o que menos paga.
- Errar é humano. Perd
oar não é a política da empresa.
- Toda a idéia revolucionária provoca três estágios:
1º. é impossível - não perca meu tempo.
2º. é possível, mas não vale o esforço
3º. eu sempre disse que era uma boa idéia.
- Inteligência tem limite. Burrice não.
- Seis fases de um projeto: Entusiasmo; Desilusão; Pânico; Busca dosculpados; Pun
ição dos inocentes; Glória aos não participantes.
- Conversas sérias, que são necessárias, só acontecem quando você está com pressa.
- Pais que te amam não te deixam fazer nada. Pais liberais, não estão nemai para você.
- Assim que tiver esgotado todas as suas possibilidades e confessado seufracasso, haverá uma solução simples e óbvia, claramente visível a qualqueroutro idiota.

- Crianças nunca ficam quietas para tirar fotos, e ficam absolutamenteimóveis diante de uma câmera filmadora.
- Nenhuma criança limpa quer colo.
- A ferramenta quando cai no chão sempre rola para o canto maisinacessível do aposento. A caminho do canto, a ferramenta acerta primeiro oseu dedão.
- Guia prático para a ciência moderna:
a) Se se mexe, pertence à biologia.

b) Se fede, pertence à química.
c) Se não funciona, pertence à física.
d) Se ninguém entende, é matemática.
e) Se não faz sentido, é psicologia.
- Seja qual for o defeito do seu computador, ele vai desaparecer na frentede um técnico, retornando assim que ele se retirar.
- Se ele está te dando mole, é feio. Se é bonito, está acompanhado. Seestá sozinho, você está acompanhada.
- Se o curso que você desejava fazer só tem n vagas, pode ter certeza deque você será o candidato n + 1 a tentar se matricular.

- Oitenta por cento do exame final que você prestará, será baseado naúnica aula que você perdeu, baseada no único livro que você não leu.
- Cada professor parte do pressuposto de que você não tem mais o quefazer, senão estudar a matéria dele.
- A citação mais valiosa para a sua redação será aquela em que você nãoconsegue lembrar o nome do autor.
- Caras legais são feios. Caras bonitos não são legais. Caras bonitos elegais são gays.
- Tudo é possível. Apenas não muito provável.
- A vida é uma droga. E você ainda reencarna.
- Se está escrito "Tamanho Único", é porque não serve em ninguém.
- Se o sapato serve, é feio!
- Nunca há horas suficientes em um dia, mas sempre há muitos dias antes dosábado.
- Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone.
- A informação mais necessária é sempre a menos disponível.
- A probabilidade do pão cair com o lado da manteiga virado para baixo éproporcional ao valor do carpete.
- Confiança é aquele sentimento que você tem antes de compreender asituação.
- A fila do lado s-e-m-p-r-e anda mais rápido.
- Nada é tão ruim que não possa piorar.
- O material é danificado segundo a proporção direta do seu valor.
- Se você está se sentindo bem, não se preocupe. Isso passa.
- Existem dois tipos de esparadrapo: o que não gruda, e o que não sai.
- Uma pessoa saudável é aquela que não foi suficientemente examinada.
- Números errados nunca estão ocupados.
- Se você não está confuso, não está prestando atenção.
- Na guerra, o inimigo ataca em duas ocasiões: quando ele está preparado,e quando você não está.
- Tudo que começa bem, termina mal. Tudo que começa mal, termina pior.
- Amigos vêm e se vão, inimigos se acumulam.
- "Pilhas não incluídas"...
- Você só precisará de um documento quando, espontaneamente, ele se mover do lugar que você o deixou para o lugar onde você não irá encontrá-lo.



Achei essas 'filosofias diárias' no site (que por sinal, é legalzinho!):

www.humornaciencia.com.br


BeJuh®!

quarta-feira, 6 de maio de 2009



_____________________________________

- Vamos brincar de pega-pega?
- Vamos! Com quem q tá?

- Comigonãomorreeeu!

- AAAAh, tá com você!
______________________________________


Em um domingo completamente comum, estava entretida com a ala infantil no quintal da nossa avó (clichê não?), até que algo me chama a atenção... era um olhar perplexo, nitidamente direcionado a mim, que não vinha de nenhum dos baixinhos, e sim do outro lado, ao pé da escada onde ele estava lá, parado, boquiaberto: um adulto. Hesitei alguns momentos até entender o que havia errado comigo para despertar tal olhar, mas mal eu tinha compreendido e ele se tornou divertido. Isso somado a um leve movimento de negação da cabeça... tudo virou um tipo de desaprovação engraçada... Ruborizei quando a compreensão finalmente chegou. Por alguma razão, me senti mal, aquele tipo de vergonha que dá quando eu falo alguma coisa pessoal demais acidentalmente na frente de pessoas que não deveriam estar ouvindo aquilo... constrangedor.

Como eu não tenho força de vontade nenhuma para conseguir parar de brincar com crianças, deixei pra lá naquele momento. Mais tarde, ainda na casa, quase todos cochilavam, inclusive os pequenos, exceto eu. Aquela cena da manhã veio à mente.Que mundo é esse em que vivemos, em que um adulto brincando bobo e feliz é olhado incredulamente, quando pais matando seus filhos são vistos com nada vez mais naturalidade no jornal da noite? Que lugar é esse que políticos roubando descaradamente o dinheiro público são menos esquisitos do que um adulto se lambuzando enquanto come um doce sentado no tapete da sala?
Nos tornamos todos homens civilizados caminhando por aí. Mas todos de olhos vendados, preocupando-se somente com os próprios tombos, seguindo em linha reta.

Nossa única e solitária linha reta.

Aprendemos como nos portar diante do mundo, aprendemos todas as regras, o que é certo e o que é errado, português, matemática, química, geografia... E desaprendemos a escutar, a se expressar, a tentar fazer a diferença... "Ado, ado, ado, cada um no seu quadrado...". Vemos coisas ultrajantes, ofensivas, deploráveis... isso realmente nos toca de alguma forma... mas o que fazemos a seguir? Mudamos de canal, mudamos de assunto, ou simplesmente encerramos com alguma piadinha. Esse conformismo impulsiona cada um dos vendados em direção a um abismo. O que falta para tirar essa venda de uma vez por todas? Estamos esperando um sinal? Quando começar a ventar muito nessa escuridão cega, é tarde demais. Você está caindo no abismo.
Não sou muito a fim de ventos fortes. Registro aqui minhas tentativas de romper esse nó da faixa que obscurece minha visão, para me tornar realmente consciente, e pegar pela mão quantos eu puder para arrancar quantas vendas meus braços alcançarem e ser livre para brincar de pega-pega, ver Chaves e sujar a cara toda de brigadeiro... em um lugar que brincar é normal e matar e roubar é incomum...

sábado, 10 de janeiro de 2009

Eu e Tu




- "O mundo é duplo para o homem, segundo a dualidade de sua atitude.
A atitude do homem é dupla de acordo com a dualidade das palavras-princípio que ele pode proferir.
As palavras-princípio não são vocábulos isolados, mas pares de vocábulos.
Uma palavra-princípio é o par EU-TU. A outra é o par EU-ISSO no qual, sem que seja alterada a palavra-princípio, pode-se substituir ISSO por ELE ou ELA.
Deste modo, o EU do homem é também duplo.
A palavra-prinícipio EU-TU só pode ser proferida pelo ser na sua totalidade.
A palavra-princípio EU-ISSO não pode ser jamais proferida pelo ser em uma totalidade.
Aquele que diz TU não tem coisa alguma por objeto. Pois, onde há uma coisa há também outra coisa; cada ISSO é limitado por outro ISSO. Na medida em que se profere o TU, coisa alguma existe. O TU não se confina a nada. Quem diz TU não possui coisa alguma, não possui nada. Ele permanece em relação."

- "Eu considero uma árvore.
Posso apreendê-la como uma imagem. Coluna rígida sob o impacto da luz, ou o verdor resplandescente repleto de suavidade pelo azul prateado que lhe serve de fundo.
Posso sentí-la como movimento: filamento fluente de vasos unidos a um núcleo palpitante, sucção de raízes, respiração de folhas, permuta incessante de terra e ar, e mesmo o próprio desenvolvimento obscuro.
Eu posso classificá-la numa espécie e observá-la como exemplar de um tipo de estrutura e vida.
Eu posso dominar tão radicalmente sua presença e sua forma que não reconheço mais nela senão a expressão de uma lei, de leis segundo as quais um contínuo conflito de forças é sempre solucionado ou de leis que regem a composição e a decomposição das substâncias.
Eu posso volatilizá-la e eternizá-la, tornando-a número, uma mera relação numérica.
A árvore permanece, em todas estas perspectivas, o meu objeto tem seu espaço e seu tempo, mantém sua natureza e sua composição.Entretanto pode acontecer que simultaneamente, por vontade própria e por uma graça, ao observar a árvore, eu seja levado a entrar em relação com ela; ela já não é mais um ISSO. A força de sua exclusividade apoderou-se de mim.Não devo renunciar a nenhum dos modos de minha consideração. De nada devo abstrair-me para vê-la, não há nenhum acontecimento do quel devo me esquecer. Ao contrário, imagem e movimento, espécie e exemplar, lei e número estão indissoluvelmente unidos nessa relação.Tudo o que pertende à árvore, sua forma, seu mecanismo, sua cor e suas substâncias químicas, sua "conversação" com os elementos do mundo e com as estrelas, tudo está incluído numa totalidade. A árvore não é uma impressão, um jogo de minha representação ou um valor emotivo. Ela se apresenta "em pessoa" diante de mim e tem algo a ver comigo e, eu, se bem que de modo diferente, tenho algo a ver com ela.Que ninguém tente debilitar o sentido da relação: relação é reciprocidade.Teria então a nossa árvore uma consciência semelhante à nossa? Não posso experienciar isso. Mas quereis novamente decompor o indecomponível só porque a experiência parece ter sido bem sucedido convosco? Não é a alma da árvore ou sua dríade que se apresenta a mim, é ela mesma."


- "O homem não é uma coisa entre coisas ou formado por coisas quando, estando eu presente diante dele, que já é meu TU, endereço-lhe a palavra-princípio. Ele não é um simples ELE ou ELA limitado por outros ELES ou ELAS, um ponto inscrito na rede do universo de espaço e tempo. Ele não é uma qualidade, um modo de ser, experienciar, descritível, um feixe flácido de qualidade definidas. Ele é TU, sem limites, sem costuras, preenchendo todo o horizonte. Isto não significa que nada mais existe a não ser ele, mas que tudo o mais vive em sua luz.
Assim como a melodia não se compõe de sons, nem os versos de vocábulos ou a estátua de linhas, a sua unidade só poderia ser reduzida a uma multiplicidade por um retalhamento ou um dilaceramento, assim também o homem a quem digo TU. Posso extrair a cor de seus cabelos, o matiz de suas palavras ou de sua bondade; devo fazer isso sem cessar, porém ele já não é mais meu TU.(...) O homem a quem digo TU não encontro em algum tempo ou lugar. Eu posso situá-lo, sou, aliás, obrigado a fazê-lo constantemente, mas então, ele não é mais um TU e sim um ELE ou ELA, um ISSO.O TU encontra-se comigo por graça; não é através de uma procura que é encontrado. Mas endereçar-lhe a palavra-princípio é um ato de meu ser, meu ato essencial.O TU encontra-se comigo. Mas sou eu quem entra em relação imediata com ele. Tal é a relação, o ser escolhido e o escolher, ao mesmo tempo ação e paixão. Com efeito, a ação do ser em sua totalidade como suspensão de todas as ações parciais, bem como dos sentimentos de ação, baseados em sua limitação, deve assemelhar-se a uma passividade.
A palavra princípio EU-TU só pode ser proferida pelo ser na sua totalidade. A união e a fusão em um ser total não pode ser realizada por mim e nem pode ser efetivada sem mim. O EU se realiza na relação com o TU; é tornando EU que digo TU.Toda a vida atual é encontro.A relação com o TU é imediata. Entre o EU e o TU não se interpõe nenhum jogo de conceitos, nenhum esquema, nenhuma fantasia; e a própria memória se transforma no momento em que passa dos detalhes à totalidade. Entre EU e o TU não há fim algum, nenhum avidez ou antecipação; e a própria aspiração se transforma no momento em que passa do sonho à realidade. Todo meio é obstáculo. Somente na medida em que todos os meios são abolidos acontece o encontro.(...) O instante atual e plenamente presente, dá-se somente quando existe presença, encontro, relação. Somente na medida em que o TU se torna presente a presença se instaura.O EU da palavra-princípio EU-ISSO, o EU, portanto, com o qual nenhum TU está face-a-face presente em pessoa, mas que é cercado por uma multiplicidade de conteúdos tem só passado, e de forma alguma presente. Em outras palavras, na medida em que o homem se satisfaz com as coisas que experiencia e utiliza, ele vive no passado e seu instante é privado de presença. Ele só tem diante de si objetos, e estes são fatos do passado. Objeto não é duração, mas estagnação, parada, interrupção, enrigecimento, desvinculação, ausência de relação, ausência de presença. O essencial é vivido na presença, as objetividades no passado.
Relação é reciprocidade. Meu TU atua sobre mim assim como eu atuo sobre ele. O mundo do ISSO é coerente no espaço e no tempo.
O mundo do TU não tem coerência nem no espaço nem no tempo.
Os momentos de encontro com o TU se manifestam como episódios singulares, lírico-dramáticos, sem dúvida, de um encanto sedutor, mas que, no entanto, nos induzem perigosamente a extremos que debilitam a solidez já provada, e deixam atrás deles mais questões que satisfações, abalando nossa segurança. Eles não são só inquietantes, mas indispensáveis.
Por que devemos, após esses momentos, voltar ao "mundo" do ISSO, por que não permanecer no TU? (...) E com toda a seriedade da verdade, ouça: o homem não pode viver sem o ISSO, mas aquele que vive somente com o ISSO não é homem."

__________________________________________________________________________________
- Trechinhos mágicos de 'Eu e Tu', de Martin Buber.
Desde que li este livro, me apaixonei pela definição das relações humanas de Buber, mas contraditoriamente, venho à procura desse Tu... Então eis que a vida esfregou na minha cara o quanto ele estava certo quanto à inútil procura (mas inevitável), e o Tu me encontrou sem nem ao menos um dos dois procurar...
Nada define melhor certos momentos do que Eu e Tu, figura e literalmente falando, amor...